“Os brancos desenham suas palavras porque seu pensamento é cheio de esquecimento.”
Dessa forma, o grande líder do povo Yanomami, Davi Kopenawa, fala da importância da educação das crianças de seu povo. Para os Yanomami, como para a grande maioria dos povos indígenas, a transmissão do conhecimento milenar se dá no dia a dia, na convivência entre as pessoas da aldeia, na experiência com a natureza, nas cerimônias e nos rituais, no contato com o mundo espiritual.
Essa é a grande escola da vida que prepara os homens e mulheres que vão dar continuidade à tradição milenar de seu povo.
Desde quando os povos indígenas lidam com a educação formal? Como o Estado e as aldeias encaram as escolas indígenas?
Se já é difícil para o estado cuidar da educação para a população brasileira que fala uma mesma língua e vive de forma mais ou menos parecida, imagine o que é lidar com a diversidade de mais de 230 etnias, mais de 180 idiomas e realidades e expectativas tão distantes como a de povos que vivem na cidade de São Paulo como os Guarani e os Pankararu ou o povo Matis, no interior do Amazonas, que tem contato recente com a sociedade nacional!
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